O espetáculo

Para bem se entender este espetáculo deve ser pensado como um espetáculo de dança contemporânea.
Não é uma sessão de Candomblé. É isso sim, um espetáculo de dança contemporânea baseado na coreografia dos Orixás.
Desde a chegada dos escravos eles se encontraram na situação de ter que recorrer ao sincretismo para poder exercer seu culto. Ao ter a possibilidade de realizar este espetáculo numa igreja, não somente estaremos sendo contadores de histórias passada como também precursores de um mundo moderno que procura harmonia, tolerância e o respeito por todas as ideologias.
O espetáculo será leve, vivo, alegre e muito alegórico.
Nenhum orixá será realizado com os toques correspondentes a eles, as músicas foram escolhidas por uma afinidade com a personalidade de cada orixás e seguindo a pesquisa pessoal do diretor do espetáculo.
Assim, Exu dança com música de Carl Orff, Oxum dança ao som de uma ária da obra O Messias de Heandel, Oxalá com um hino da Igreja Anglicana gravado na catedral de Wedmister, Yemanjá é dançada com música do atual Vangelis, Ogum ao som de jazz africano, Naná e Xangô ao som The Beatles.
Isto é apenas um exemplo dos trilhos que vamos percorrer para realizar um espetáculo multicolorido e pluralista culturalmente falando, livre para todas as idades e símbolo da resistência da cultura negra.
Pela harmonia, paz e união de povos, etnias, religiões, enfim, toda a humanidade. É antes de tudo um exercício de liberdade e respeito.


A produção